
Clementino
então entrou no ar com o suposto bandido agonizando ao fundo. O
repórter, ao lado do cinegrafista Fernando Dias de Jesus e do auxiliar
Erinaldo Clemente, estavam prontos para o link quando ouviram os
disparos. Mesmo assustado, Marcos Clementino entrou ao vivo e relatou o
crime, gaguejando:
“Entrei ao vivo
tremendo. Quando teve o primeiro tiro, falei para o cinegrafista:
‘Filma, filma!”. Quando o cara veio na nossa direção, eu gritei: ‘Corre,
corre’”, afirmou o repórter ao jornalista Paulo Pacheco, do
site Notícias da TV. Clementino lembra ter ouvido cinco disparos, porém
não sabe quem atirou primeiro.
O ladrão
correu na direção da equipe para se proteger do dono do carro, que é
policial. A equipe correu para o CT, mas não pôde entrar. “Bati muito na
porta do Corinthians, gritei que era da imprensa, o ladrão estava
correndo na nossa direção, mas o segurança disse que não poderia abrir”,
diz o repórter da Cultura.
Baleado,
o suposto assaltante perdeu as forças e caiu a dez metros da entrada do
CT do Corinthians. O repórter entrou ao vivo duas vezes com o homem ao
lado, deitado no chão e agonizando. Entre um link e outro, chegou a
conversar com o suposto bandido para obter mais informações.
“Na
hora nem percebi como estava o enquadramento, depois vi que o cara
estava do meu lado. Eu estava muito nervoso e o cinegrafista
também. Conversei com ele, ele pediu ajuda. Eu o vi tomar três tiros.
Fiquei surpreso pela minha frieza de pedir informação para o cara
agonizando”, contou o jornalista.